quarta-feira, 30 de julho de 2014

Mitologia Grega

Sou um Atlas, pois fui condenado a
segurar meu céu que nunca teve alicerces.
Antes de minha condenação o céu era um
manto que cobria meu tudo – Não havia céu.

Sou um Cicifo, também fui condenado
a emergir uma pedra de onde
sempre estive submerso para que
no final e somente lá. Ela volte para o fundo.

Sou um Ícaro ferrenho, desta vez, não é
condenação é uma forma desesperada
de salvação.
Faço e refaço minhas asas, mas o
sol me frita e a lua me congela!
Não acho um meio termo!
Não encontro o tanto de cola correto!

Luto contra uma hidra.
Há muito era apenas uma cabeça
matava, matava e matava!

Hoje não consigo contar quantas cabeças
estão me olhando...
Me perco nas profundezaz dos olhos
e Orfeu vem me ajudar!
Me engulfando em seus braços
me dando o direito de criar uma
realidade irreal.

Um grifo me faz voar,
saio de tudo e me alivio
com os silfos assoprando
meu rosto.

Eu domo as 3 cabeças de Cérbero,
mas uma quimera me mordeu.

Não sou Prometeu!
Disse que te amo e fui condenado
pelo silencio a gritar para sempre.

A solidão não gosta de barulho.